domingo, 27 de fevereiro de 2011

CARrOS

Quando o assunto é o mercado automobilístico e seu alto custo aliado com a defazagem dos carros que se tem por opção, a resposta imediata é aquela que responsabiliza a carga tributária de nosso país. Faz-se verdadeira tal afirmação, porém deve ficar claro que não é o único fator que contribui para o cenário espúrio do baixo nível que nosso mercado apresenta.
Ainda temos que considerar que o Brasil é foco de uma das maiores margem de lucro do mundo para as montadoras. Isso é fruto em grande parte de alguns conservadorismos do consumidor brasileiro, como ocorre com o medo que se tem de comprar um produto que se desvalorize acima do normal. Com isso, o resultado é que a lógica da compra passa ser a marca e não o produto, logo,  a qualidade fica negligenciada, pois o consumidor chega a abrir mão de tecnologia em detrimento de "pós venda" e de "não desvalorização" acima da média. Ficamos assim, com um pequeno leque de concorrência, com produtos pobres e inflacionados.
Deste cenário quem tira proveito é as montadoras que sobre o escudo dos tributos altos ratificam esta prática danosa ao consumidor. Logo, evidencia-se que o consumidor também tem sua faixa de culpa e não é tão pequena.
Temos presenciado atualmente alguns carros um pouco mais completos, porém, mais uma vez, o consumidor continua dando credencial a exploração destas montadoras, pois o preço de um veículo deste porte é absurdo e, em tese, impráticavel, porém, o consumidor não tem levado isto em conta.
Um exemplo deste absurdo reside em 3 montadoras orientais, Honda, Toyota e Hyundai, ambas estão apresentando produtos diferenciados, porém com preços que ultrapassam o bom senso. Todavia, estas empresas vem alcançando lucros expressiveis, por isso temos aqui a continuidade da abusividade, pois embora com produtos mais atualizados perante ao mundo e com uma relativa fama de bom pós venda, o consumidor ainda escorrega em não procurar fazer uma compra racional. 

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