O Bolsa Família é um ótimo exemplo para o mundo
A receita para o crescimento da
economia passa também por ações de combate a pobreza. A avaliação foi
feita pelo diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI),
Dominique Strauss-Kahn, após ter sido recebido em audiência pela
presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. O ministro da
Fazenda, Guido Mantega, também participou da conversa. Numa entrevista,
Strauss-Kahn explicou que o FMI passa por processo de reformulação que
fará o organismo internacional ser bem diferente daquela entidade do
século 20, que ditava regras aos países emergentes.
“Estamos lançando o FMI 3.0. Fiquei
muito feliz em saber que a presidenta Dilma compartilha com o nosso
ponto de vista”, disse conforme explicou um tradutor que o acompanhou na
coletiva.
Strauss-Kahn explicou que durante a
audiência abordou a perspectiva da economia naquilo que se refere ao
crescimento global. Ele avaliou que em alguns países o crescimento da
economia ainda apresenta algumas incertezas. Ele frisou também que “a
discussão do crescimento por si só não é bastante” e completou: “usar o
crescimento para tirar as pessoas da pobreza como o programa Bolsa
Família, um ótimo exemplo para o resto do mundo”.
O diretor
do FMI também fez elogios às determinações do governo brasileiro, como o
contingenciamento de R$ 50 bilhões do orçamento geral da União. Ele
lembrou também que o Brasil tem participação importante no âmbito do G20
e um dos 10 acionistas do FMI.
O PiG (*), porém, ressaltou outro aspecto da conversa: acentuou o que contribuir para segurar a economia e esvaziar a bola da presidenta:
No dia em que foi anunciado um
crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 7,5%, a presidente da
República, Dilma Rousseff, e o diretor do FMI (Fundo Monetário
Internacional), Dominique Strauss-Kahn, conversaram sobre os riscos do
superaquecimento da economia e a necessidade de crescimento “lento e
estável” dos países.
“É chegado o momento de desacelerar a economia”, afirmou Strauss-Kahn sobre o Brasil após o encontro.
Strauss
Kahn afirmou que ele e a presidente concordam que “crescimento por si
só não é o bastante”. Ele elogiou os programas sociais do governo
brasileiro –citou o Bolsa Família– e, principalmente, a recente decisão
de corte de gastos. Segundo ele, os cortes são “muito bem-vindos”.
É obvio que a economia não vai continuar a crescer 7% ao ano.
A própria presidenta, antes, já tinha dito isso.
Porém, como o PiG sempre achou que a voz do FMI era a voz de Deus, se o manda-chuva disse que é hora de “desacelerar a economia”, isso adquire para a Folha (**) o caráter de mandamento, que merece uma manchete.
O interessante é que não se tem noticia de o FMI ter vindo ao Brasil, durante os sombrios anos do governo Farol, para reclamar que o Brasil precisava crescer mais.
Clique aqui para ver a tabelinha que compara Nunca Dantes com o Farol. O Nunca Dantes dá de 10 a 0.
Porém, antes de o manda-chuva dizer qualquer coisa, a própria presidenta já tinha feito a óbvia observação: se o Brasil crescer entre 4 e 5% está bom demais.
Dá para enterrar uns 100 colonistas (***) do PiG na cova rasa da Teologia do Mercado.
Vejam o que disse a presidenta:
http://blog.planalto.gov.br/
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